Koyaanisqatsi
TRIIMMM!!Acordou naqueles dias a saber a nada... Nada de especial (como se acordar não fosse o suficiente)... Após um levantar preguiçoso pensou:
- Valerá a pena??
Enfim... tarde de mais, os olhos já estavam despertos, habituados à luz, tendo por isso o dia oficialmente começado. Mais um dia, mais uma batalha. Á medida que se convencia a tomar o pequeno almoço reflectia na inutilidade daquele ritual, ingerir aquele veneno chamado comida, singelamente composto por coisas que preferimos não saber, e que corrompia aquele corpo frágil e débil...
Enquanto mastigava aquele plástico aromatizado olhava para a janela e via aquele tempo cinzento, praticamente chuviscava e o céu estava pintado em tons de cinza... Pode constatar o quão confortável, estranhamente apaziguador ele era...
- O dia não começou mal - pensou enquanto ouvia a banda do momento... Isto até o incontornável pensamento sobre “aquela coisa” violou aquele sentimento aconchegante proliferando a angústia a cada poro daquele corpo (imundo, efémero, caduco), olhou para o seu telemóvel e constatou a horrível verdade daqueles textos, não conseguia acreditar na verdade, no entanto eles eram a prova necessária para dar um passo atrás e seguir em frente, embora a inépcia para tal...
“Aquela coisa” havia-se transformado em algo execrável, tão triste que as palavras faltavam para exprimir o pouco de nada em que se transformara... Incessantemente vazia, laconicamente dissoluta, desvanecida... A cada segundo que passava tudo se tornava tão claro
- Não consigo acreditar na verdade!
Todos aqueles momentos que passaram começaram a fazer parte daquela coisa herética e comum chamada mentira.
- Mas já chega...! - fartou-se... e quando olhou para ou pensamentos viu que eram apenas um reflexo do que havia se tornado: um pouco de vazio, um pouco de nada, por vezes com lágrimas, por vezes acordado, para sempre dormente, sem tempo e sem medo. Mais um dia, mais uma batalha... Perdida... Para a “coisa”... outrora tão cintilante, agora tão suja, conspurcada, tão feia, fétida, morta... e pensar que um dia lhe chamámos amor...
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