Id
Nos olhos, no coração, na carne Arranjei uma forma de me limpar da dor
Na minha mente o tempo todo: Outro mundo
Vi fontes prateadas, castelos pintados de ouro e Inventei sonhos e fábulas
Com um lampejo carmesim tingi sangue E criei estórias, eclipsei dores febris. Ardores etereos
Irei sonhar para sempre preso No mundo onírico?
Como príncipe de lugar algum: Descobri a minha alma
Um homem de sombras intermitentes, Só
Entre lágrimas e traições Nada vi. Não foi nada
Resumo a angústia subtil: –Não existi
Na minha prisão de noite e dia Não conheço dor nem medo. Não percebo
Despojado da minha alma (vil) –Como estou eu preso aqui?
Amor conquista amor mas Estou deserto, eternamente céptico
-Como posso acabar assim?
Sangue encontra novo sangue ficando Estático, apático, imóvel.
Mas o sonho irrompe...
O coração infectado Invade e devora
E, dissoluto, solto um: (sorriso)
-Dir-me-ás quem sou? ( Aguardo a devastação sereno.)
Filho da noite extinta Admito a face disforme
Nascido sem luz existente sinto A mente alucinada
Que fui criado num império vazio Entendo...
Tudo igual, tudo diferente: Sendo nada, nada penso, nada digo.
Um rio de fogo percorre-me mas Apenas sigo, atrás, em frente.
Estou cansado vou render-me Assim para sempre.
Vivendo num mundo de sonhos,
Sucumbido perante a noite Agora entendo:
Acabo-me indulgente: -Sonhei a minha própria vida.
Well I won't ever change my ways
And I can't be strong
Please don't ever tell the world
That I don't belong
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